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A Biologia e os Desafios da Actualidade



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Alergias e Doenças Auto-Imunes

Depois dos mecanismos de defesa específicos, não específicos e dos constituintes do sistema imunitário, chegou a altura de nos debruçarmos um pouco sobre uma problemática cada vez mais em voga no mundo actual, falo das alergias (afecção muito disseminada entre a população mundial e que, cada vez mais, e de forma mais violenta, afecta indivíduos mais jovens, principalmente, nas grandes cidades, onde os índices de respirabilidade do ar se têm vindo a degradar de ano para ano). O outro tipo de doença que discorrerei neste trabalho poderá ser apelidada de “a doença dos mais”, mais rara, mais grave, e mais difícil de tratar, as doenças auto-imunes, uma espécie de alergia ao próprio organismo, para os leigos. Estes são dois assuntos de grande importância e que interessam à maioria das pessoas, mesmo àquelas que não pertencem à comunidade científica, visto que são os principais lesados. Basta olharmos os noticiários durante a Primavera para vermos urgências hospitalares repletas de pessoas com um variadíssimo rol de alergias, desde crianças a adultos, pois hoje em dia estes incidentes atingem uma enorme área da pirâmide populacional. Assim, esta parte do trabalho adquire uma componente muito mais prática, isto é, pode ser extrapolada para o dia-a-dia de cada um de nós, demonstrando um importante papel informativo perante as populações.

Alergias

Definição
A alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma substância estranha ao organismo, uma hipersensibilidade imunológica a um estímulo externo específico.

Principais agentes alérgicos (alergenos)



Na imagem estão presentes os principais alergenos existentes no meio ambiente: ácaros, pólen, fungos, pêlos de animal, pó, e determinados alimentos.

Resposta à alergia
Uma substância importante na sintomatização das alergias é a imunoglobulina (Ig). A imunoglobulina é uma proteína que exerce um relevante papel no corpo humano. É ela que vai dar início a um complexo sistema de defesa contra infecções e ataques de vírus e bactérias, tendo também a função de mensageira. Liberada na circulação sanguínea, percorre o organismo e ao deparar-se com o agente agressor para o qual ela foi especificamente produzida (existe uma variada gama de imunoglobulinas, com diferente especificidade – IgA, IgD, IgE, IgG e IgM), fixa-se nele e promove a liberação de histamina, a enzima responsável pela manifestação dos sintomas (neste caso trata-se da IgE).

A sintomatologia
  • Espirros
  • Nariz obstruído
  • Coriza (secreção nasal aquosa e fluida)
  • Tosse
  • Prurido (comichão) nos olhos, nariz, garganta ou em qualquer parte do corpo.
  • Lacrimejação ocular
  • Erupções cutâneas
  • Urticária
  • Edema (inchaço) nos lábios ou nas pálpebras (angioedema)
  • Conjuntivite, faringite, sinusite e otite alérgicas.
  • Marcas nas pálpebras
  • Dispnéia (falta de ar)

Tipos de reacção alérgica
Existem quatro grandes tipos de reacção alérgica:

Tipo I ou choque anafilático – O choque anafilático é uma reacção alérgica intensa que ocorre minutos após a exposição a uma substância causadora de alergia (aproximadamente um quarto de hora depois), o alergeno. Esta reacção é mediada por determinadas substâncias como a histamina, em células da mucosa respiratória, mucosa intestinal e epiderme, e em determinados leucócitos (mastócitos e basófilos). À medida que a reacção progride, algumas substâncias com alto poder inflamatório são sintetizadas. Quando ocorre um choque anafilático, na maioria dos casos o paciente fica lívido, com a pele fria, sente uma ansiedade extrema, podendo mesmo desmaiar. A pulsação, apesar de acelerada, rapidamente se torna imperceptível, as pupilas dilatam, a respiração torna-se ofegante e a tensão arterial baixa, o que provoca uma dificiente distribuição sanguínea por todos os órgãos. O mais grave ocorre quando o cérebro não recebe oxigénio em níveis normais, o que poderá implicar o seu colapso. Convém referir, que sem uma pronta intervenção médica, na maioria dos casos, o doente não sobrevive. Em alguns casos pode restringir-se unicamente a náuseas e indisposição, no entanto, nos casos graves o tratamento é mais complexo e requer injecções de epinefrina (adrenalina), hidrocortisona, anti-histamínicos e inalações de oxigénio.

Tipo II ou citotóxico – É uma reacção que ocorre, por exemplo, em algumas doenças auto-imunes como a tireoidite, onde a pessoa forma anticorpos contra elementos (órgãos e tecidos) de si próprio. São bons exemplos disso a rinite alérgica, certos tipos de Asma Brônquica aguda, ou reacções alérgicas de tipo imediato a drogas.

Tipo III ou imunocomplexos – É uma reacção que se caracteriza pela formação de complexos antigénio/anticorpo (imunocomplexos), os quais se depositam em tecidos ou entram na circulação sanguínea. Os imunocomplexos atraem mediadores da inflamação, o que determina lesões localizadas em certos órgãos ou espalhadas por todo o corpo.

Tipo IV ou celular – É uma reacção mediada por linfócitos e seus produtos, as linfocinas, libertadas mediante o contacto com o antigénio, cujo exemplo típico é a reacção tuberculínica, encontrando-se este mecanismo também na rejeição de transplantes e nas chamadas dermatites de contacto. Esta representa a reacção alérgica mais tardia.

Nota: A maioria das alergias têm origem alimentar, no entanto não estão, como muitas pessoas pensam, relacionadas com alimentos pouco usuais ou exóticos, na maioria dos casos os causadores são produtos usados na nossa dieta diária (ovos, leite, cereais como o trigo e o centeio…). Quanto maior for a quantidade proteína presente num determinado alimento, maior será a possibilidade deste desencadear uma reacção alérgica. Isto deve-se ao facto de quanto maior for a proteína mais difícil se torna a sua digestão, assim muitas vezes entram proteínas inteiras na circulação sanguínea, podendo, desta forma, ser interpretadas pelo organismo como corpos estranhos, e combatidas como tal, libertando-se para o efeito determinadas substâncias como por exemplo a histamina, e desencadeando uma reacção alérgica.

Doenças alérgicas
Apresento agora as doenças alérgicas mais frequentes:

Edema de Quincke – A principal complicação relacionada com o edema de Quincke é a respiratória, que surge bruscamente e se caracteriza por um inchaço considerável (edema) na pele, cara e mucosas da boca e garganta. O risco de asfixia é elevado devido ao inchaço da glote, sendo, portanto, o tratamento muitíssimo urgente. Terapeuticamente apresenta algumas similitudes com o choque anafilático: hidrocortisona intravenosa e um anti-histamínico intramuscular; em casos extremos (edema resistente) é necessário recorrer a uma traqueotomia (perfuração da traqueia), e colocar o doente em respiração assistida, através de um tubo inserido na traqueia.





Eczema – Estamos perante um eczema quando existe uma inflamação na pele que provoca prurido (comichão). Nem todos os eczemas são de origem alérgica, mas nessa situação destacam-se três variantes:
  • Eczema do lactente – Manifesta-se entre o 3º e o 4º mês de vida, e normalmente cura-se de forma espontânea, contudo, pode ser o prenúncio de outras afecções, como a asma na puberdade. É muitas vezes hereditário.
  • Eczema constitucional – É um tipo crónico de eczema que se pode formar na infância ou mesmo na idade adulta, estando ligado a uma alergia semitardia, na qual os anticorpos são IgE. Tal como o eczema do latente também tem frequentemente origem hereditária.
  • Eczema de contacto – Tem origem num alergeno fixo á pele ou a uma mucosa. De iníncio encontra-se localizado, todavia, tem tendência a alastrar, sendo o período de instalação muito elevado, pode demorar meses ou até anos para que, após o contacto com o agente alérgico, se manifeste. Tudo isto dificulta em muito o diagnóstico.

Urticária – É uma erupção cutânea súbita constituída por pequenas ampolas de cor entre o branco-rosado e o vermelho-pálido. Apesar de poder ser confundida com o eczema, o prurido é fácil de discernir (sensação de dor aguda, semelhante à picada de urtiga, daí o nome).



Asma – Tecnicamente a asma é uma dispneia expiratória paroxística. Divide-se em dois tipos: asma atópica e não atópica:
  • Asma atópica – Incide preferencialmente sobre as crianças, adolescentes e adultos jovens, pode ser hereditária e pode surgir acompanhada doutras afecções (eczema, rinite…). Imunologicamente é uma hipersensibilidade semitardia a anticorpos circulantes, manifestando-se após a fixação de um determinado alergeno no chamado órgão-alvo, ou seja, no tecido que recebe o alergeno (preferencialmente a mucosa brônquica).
  • Asma não atópica – Surge em indivíduos de idade mais avançada e pode não ter a alergia como causa inicial. Quando intervém a alergia o fenómeno imunitário é uma hipersensibilidade tecidular. O facto de poder ter origem não alérgica dificulta o diagnóstico.




Terapêutica
O tratamento das afecções alérgicas divide-se em duas fases:

Fase aguda – O tratamento é feito com anti-histamínicos e corticóides (corticosteróides) por via endovenosa ou intramuscular. Nos casos de alergias respiratórias pode ser necessário efectuar nebulizações com beta-adrenérgicos. Todos estes fármacos são prescritos consoante a necessidade de cada pessoa. É necessário também afastar a pessoa do agente causador da alergia (nos casos mais graves recorre-se ao isolamento do paciente num quarto esterilizado).

Fase crónica – O tratamento na fase crónica, ou após o término da fase aguda, é a desensibilização. A desensibilização é uma forma de imunoterapia onde o paciente recebe doses inicialmente mínimas que gradualmente vão aumentando, com doses progressivas do produto alergénico em questão. Esta técnica pode diminuir a sensibilidade ou até mesmo eliminar a hipersensibilidade, e isto acontece porque o estímulo acarreta um contínuo aumento na produção IgG, que substitui a IgE, responsável pela resposta aguda e pela resposta alérgica.


Doenças auto-imunes

Definição
As doenças auto-imunes constituem uma situação médica em que o organismo reage contra elementos constitutivos normais, isto é, torna-se hipersensível a antigénios específicos das suas próprias células ou tecidos. Estas doenças têm uma incidência populacional muito reduzida, uma vez que é muito raro o sistema imunitário reconhecer os antigénios das células ou tecidos que o constituem como agentes agressores. Em tempos admitiu-se que pudessem estar ligadas à maturação dos linfócitos, uma vez que, durante este processo, são eliminados aqueles linfócitos que possam ser potencialmente perigosos para os constituintes do próprio organismo. No entanto, tem-se verificado, em indivíduos fenotipicamente normais, que a presença destes linfócitos hipersensíveis é anulada por mecanismos reguladores específicos. O Lúpus varia enormemente de um paciente para outro, de casos simples que exigem intervenções médicas mínimas, a casos significativos com a danificação de órgãos vitais como os pulmões, o coração, os rins ou o cérebro. A doença é caracterizada por períodos activos, intercalados por períodos de remissão que podem durar semanas, meses ou até anos. Alguns pacientes nunca desenvolvem complicações severas.

Tipos de doenças auto-imunes
Enumerarei agora algumas doenças auto-imunes que considerei particularmente relevantes:
Lúpus – Esta é provavelmente a doença auto-imune mais conhecida, não sendo raro vê-la explanada na imprensa. Como todas as doenças auto-imunes trata-se de uma hipersensibilidade que o organismo desenvolve contra ele próprio, produzindo anticorpos que actuam num variado rol de moléculas, podendo mesmo entre elas encontrar-se o DNA. Pode manifestar-se em qualquer fase da vida e tem uma maior incidência sobre as mulheres em idade fértil (da 1º menstruação à menopausa).



Nota: Existe um estudo realizado pela Marinha americana, que correlaciona o vírus do herpes como um possível agente causador do Lúpus. Caso isso seja comprovado, representará uma nova esperança do desenvolvimento de métodos terapêuticos mais eficazes, uma vez que o agente causador da afecção estaria encontrado. Por enquanto as suas causas são desconhecidas e é tratada apenas de acordo com a sintomatologia.
Lúpus Eritematoso Sistémico – Trata-se de um tipo de Lúpus multisistémico, isto é, afecta vários sistemas de órgãos. Ataca frequentemente a pele, os rins e as articulações. A sua causa permanece desconhecida.






Sintomatologia
O "American College of Rheumatology", uma associação americana que reúne profissionais reumatologistas, estabeleceu em 1971 e reviu em 1982, 11 critérios que definem o quadro de Lúpus. Estes critérios foram novamente actualizados em 1997. Uma pessoa pode ser portador desta afecção se 4 dos seguintes critérios estiverem presentes:
  1. Mancha "asa de borboleta" (vermelhidão característica no nariz e face);
  2. Lesões na pele (normalmente em áreas expostas ao sol);
  3. Fotosensibilidade (lesões após a exposição de raios ultravioletas A e B);
  4. Úlceras orais (frequentes na boca e nariz)
Critérios sistémicos:
  1. Artrite (inflamação de duas ou mais juntas periféricas, com dor, edema ou fluido);
  2. Serosite (inflamação no revestimento pulmonar, na pleura e no coração);
  3. Alterações renais (presença de proteínas e sedimentos na urina);
  4. Alterações neurológicas (anormalidades sem explicações, como por exemplo psicose ou depressão).

Terapêutica
O Lúpus é uma doença incurável, no entanto é tratável. O doente portador de Lúpus deve: evitar a exposição solar prolongada; fazer uma dieta equilibrada e exercício físico regular; evitar álcool, drogas e tabaco; utilizar a medicação adequada à sua sintomatologia (corticosteróides, anti-inflamatórios não-esteróides, antimaláricos e imunossupressores).


Artrite reumatóide – É uma afecção sistémica crónica, com especial incidência sobre as articulações e restante cartilagens, causando a sua degenerescência. Não se conhece o seu causador. É mais comum em mulheres entre os trinta e os cinquenta anos, mas pode afectar também homens e crianças. Quando não tratada precoce e correctamente, a artrite reumatóide acarreta, em geral, graves consequências para os doentes, traduzidas em incapacidade funcional e para o trabalho.



Factores de risco
  • Género – as mulheres são frequentemente mais afectadas (quatro mulheres para um homem);
  • Historial de doença e vacinação – esporadicamente, surgem casos de artrite depois de infecções por parvovírus e vírus da rubéola ou vacinações para a rubéola, tétano, hepatite B e influenza.


Terapêutica
O diagnóstico precoce é fundamental, uma vez que esta doença, diagnosticada nos primeiros três a seis meses do seu curso clínico e tratada correctamente, tem grandes probabilidades de não evoluir para incapacidade corporal. Não podemos evitar o surgimento da doença. A prevenção destina-se, fundamentalmente, a diminuir a gravidade da doença, de forma a reduzir a incapacidade funcional e a melhorar a qualidade de vida. Nos últimos 15 anos, o tratamento da artrite reumatóide evoluiu significativamente, em consequência da avaliação da actividade inflamatória, do conhecimento dos factores de pior prognóstico, do uso precoce de fármacos anti-reumáticos de acção lenta, do aparecimento de terapêutica combinada e, mais recentemente, da terapêutica biológica.

Sintomatologia
  • Tumefacção de três ou mais articulações;
  • Rigidez matinal superior a trinta minutos;
  • Simetria do envolvimento articular.



Esclerodermia - Etimologicamente esclerodermia significa “pele endurecida”, devido ao notório espessamento que esta sofre pela deposição de fibras de colagénio (uma proteína fundamental para a saúde dermatológica, mas que em demasia promovo o seu endurecimento). É uma doença crónica do tecido conjuntivo, e é classificada como uma doença reumática. Pode manifestar-se a nível local na pele, todavia, pode alastrar (fenómeno extremamente raro) aos órgãos internos como os do aparelho digestivo, pulmões, rins e coração. A esclerodermia não é uma doença fatal, contudo, a vida do paciente é afectada devido ao aspecto da pele, das contraturas articulares e, raramente, devido a sérias deformações na face e das extremidades corporais. As estatísticas indicam que esta doença tem mais propensão para manifestar-se em indivíduos com menos de vinte anos de idade, a sua ocorrência está estimada em três casos em cada cem mil pessoas. O seu tratamento é feito sobretudo recorrendo a esteróides.




Sarcoidose - É uma doença inflamatória, de causa desconhecida, afecta principalmente adultos, particularmente e como já temos visto, do sexo feminino e provoca lesões na pele e noutros órgãos, como pulmões, gânglios linfáticos, fígado, baço, olhos e ossos. É uma doença rara e estudos afirmam poder haver predisposição familiar. É mais frequente na pele, formando placas rubras de tamanho variável, normalmente na face. Além da pele, a sarcoidose atinge outros órgãos, sendo os pulmões bastante afectados, onde a doença provoca infiltração dos gânglios e do tecido pulmonar, podendo evoluir para fibrose pulmonar, com complicações respiratórias e cardiovasculares. A doença provoca também o aumento volumétrico do fígado e do baço, inflamação ocular (uveíte) e alterações ósseas e articulares.



Terapêutica
O tratamento das lesões cutâneas da sarcoidose pode ser feito com recurso a corticosteróides tópicos (sob a forma de cremes e pomadas) ou recorrendo a corticosteróides injectáveis. Quadros mais graves, ou com comprometimento de outros órgãos, necessitam de tratamento sistémico com corticosteróides ou outras substâncias como a oxifenilbutazona, a cloroquina ou drogas imunossupressoras.


Vasculite - Não é uma doença única, é o processo de desenvolvimento de um vasto rol de afecções como a LES e a artrite reumatóide. O factor que despoleta a vasculite permanece incógnito na maioria dos casos, no entanto, em determinadas situações sabe-se que pode ter origem no vírus da hepatite. Supõe-se que a inflamação se manifesta quando o sistema imunitário identifica incorrectamente os vasos sanguíneos ou partes destes como estranhos e os ataca. As células do sistema imunitário que causam a inflamação rodeiam os vasos sanguíneos afectados e infiltram-se neles, destruindo-os e possivelmente lesando os tecidos que eles irrigam. Os vasos sanguíneos podem ser perfurados ou obstruídos, pelo que se interrompe o fluxo sanguíneo aos nervos, órgãos e outras partes do organismo. As zonas desprovidas de sangue (zonas isquémicas) podem ficar permanentemente afectadas. Os sintomas podem ser o resultado de lesões directas dos vasos sanguíneos ou de lesões dos tecidos que viram reduzido o fornecimento de sangue.



Perturbações induzidas pela vasculite
  • Púrpura de Henoch-Schönlein – Inflamação de veias pequenas, causando manchas púrpuras e duras na pele.
  • Eritema nodoso – Inflamação dos vasos sanguíneos das camadas profundas da pele, levando à formação de lesões salientes (nódulos) de cor vermelha, nos braços e nas pernas.
  • Poliarterite nodosa – Inflamação das artérias médias, provocando a diminuição do fluxo sanguíneo para os tecidos circundantes.
  • Arterite temporal (células gigantes) – Inflamação das artérias do cérebro e da cabeça, causando por vezes cefaleias e cegueira.
  • Arterite de Takayasu – Inflamação das grandes artérias, como a aorta e as suas ramificações, causando obstrução e perda de pulsação.



Encefalomielite miálgica - Também conhecida como síndrome da fadiga crónica ou febre de Tapanui, caracteriza-se, como o próprio nome da síndrome indica, por uma extrema fadiga no indivíduo afecto, qualquer esforço, por mais simples que seja como levantar um talher pode-se tornar extremamente moroso e cansativo. Esta doença afecta quatro a cinco indivíduos em cada cem mil.



Sintomatologia
  • Presença de fadiga acentuada ou que tenha reaparecido durante, pelo menos, seis meses consecutivos, acompanhada de outros estados clínicos conhecidos e para a qual não tenha sido encontrado diagnóstico clínico.
  • Cansaço físico e mental profundo e desproporcionado em relação ao esforço.
    Aumento de fadiga e palidez após a prática de esforços com duração superior a 24 horas.
  • Perturbação substancial da concentração e da memória a curto prazo.
  • Fraqueza e dores nos músculos.
  • Dores nas articulações sem vermelhidão ou inchaço.
  • Problemas de equilíbrio.
  • Temperatura anormal do corpo.
  • Intolerância ortostática (dificuldade em se manter de pé).
  • Perturbação do sono.
  • Dores de garganta e inchaço nos gânglios linfáticos.
  • Sintomas frequentes semelhantes a gripe
  • Sintomas gastrointestinais
  • Dores de cabeça de tipo, características e intensidade diferentes.
  • Fotosensibilidade.
  • Ataques apoplécticos e ondas de desmaio com pouca frequência.
  • Tonturas.
  • Depressão e ansiedade secundárias.